Poetisa e escritora de livros para a infância e juventude.
Desafiada pelos filhos, Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da Fonseca escreveu Rosa, minha irmã Rosa, primeiro livro para infância e juventude que deu à estampa e, incentivada pelo marido, o jornalista e escritor Mário Castrim, concorreu ao Prémio de Literatura Infantil «Ano Internacional da Criança» (1980).
Ganho o prémio, Alice Vieira prosseguiu a escrita de obras dedicadas aos mais jovens, começando em 1981 a procurar temas para alguns dos seus livros na História de Portugal. A sua escrita ficcional para crianças e adolescentes tem alternado, desde então, entre narrativas inspiradas na História (Promontório da Lua), textos que versam assuntos da actualidade – o apelo ao consumo, a influência da televisão na educação infantil – e problemas do quotiniano juvenil: a amizade, a solidão, as relações familiares, as relações entre crianças e adultos (Os olhos de Ana Marta) ou a infância em diálogo com a velhice (Às dez a porta fecha; Um fio de fumo nos confins do mar).
Alice Vieira considera-se uma escritora urbana: as suas narrativas decorrem sobretudo no ambiente social da classe média lisboeta e baseiam-se na realidade observada de perto, processo a que não é alheio o contacto com autores e jovens leitores em escolas e bibliotecas públicas, para promoção da sua obra e do livro infantil em geral, e que iniciou durante a prática da sua profissão: o jornalismo.
Começou, ainda adolescente, por colaborar no «Juvenil» do Diário de Lisboa, suplemento que divulgou as primeiras tentativas literárias de muitos jovens talentos de então e foi coordenado por Alice Vieira entre os anos de 1968 e 1970. Entretanto, a autora publicou em 1964 um livro de poemas intitulado De estarmos vivos e, em 1977, o volume de contos Um nome para Setembro, literatura para adultos que só viria a retomar na década de noventa. Em 1975 passa a jornalista profissional no Diário de Notícias, onde coordenou a secção «Cultura / Arte e Espectáculos» e dirigiu o suplemento infantil «Catraio», que contava com contribuições de alunos das escolas de todo o país. Ainda no Diário de Notícias, a partir de 1981, foi responsável por uma rubrica de crítica literária infanto-juvenil – «Ler(zinho)» – e desenvolveu uma página semelhante no «Guia de Pais e Educadores» da revista Rua Sésamo.
Tendo abandonado o jornalismo ativo em 1991, para se dedicar a tempo inteiro à escrita literária, mantém no entanto colaboração regular em diversos periódicos e em revistas femininas.Alice Vieira é uma das escritoras portuguesas mais traduzidas e divulgadas no estrangeiro: várias obras suas fazem parte da selecção de obras notáveis para crianças e jovens elaborada pela Biblioteca Juvenil Internacional de Munique.
Desafiada pelos filhos, Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da Fonseca escreveu Rosa, minha irmã Rosa, primeiro livro para infância e juventude que deu à estampa e, incentivada pelo marido, o jornalista e escritor Mário Castrim, concorreu ao Prémio de Literatura Infantil «Ano Internacional da Criança» (1980).
Ganho o prémio, Alice Vieira prosseguiu a escrita de obras dedicadas aos mais jovens, começando em 1981 a procurar temas para alguns dos seus livros na História de Portugal. A sua escrita ficcional para crianças e adolescentes tem alternado, desde então, entre narrativas inspiradas na História (Promontório da Lua), textos que versam assuntos da actualidade – o apelo ao consumo, a influência da televisão na educação infantil – e problemas do quotiniano juvenil: a amizade, a solidão, as relações familiares, as relações entre crianças e adultos (Os olhos de Ana Marta) ou a infância em diálogo com a velhice (Às dez a porta fecha; Um fio de fumo nos confins do mar).
Alice Vieira considera-se uma escritora urbana: as suas narrativas decorrem sobretudo no ambiente social da classe média lisboeta e baseiam-se na realidade observada de perto, processo a que não é alheio o contacto com autores e jovens leitores em escolas e bibliotecas públicas, para promoção da sua obra e do livro infantil em geral, e que iniciou durante a prática da sua profissão: o jornalismo.
Começou, ainda adolescente, por colaborar no «Juvenil» do Diário de Lisboa, suplemento que divulgou as primeiras tentativas literárias de muitos jovens talentos de então e foi coordenado por Alice Vieira entre os anos de 1968 e 1970. Entretanto, a autora publicou em 1964 um livro de poemas intitulado De estarmos vivos e, em 1977, o volume de contos Um nome para Setembro, literatura para adultos que só viria a retomar na década de noventa. Em 1975 passa a jornalista profissional no Diário de Notícias, onde coordenou a secção «Cultura / Arte e Espectáculos» e dirigiu o suplemento infantil «Catraio», que contava com contribuições de alunos das escolas de todo o país. Ainda no Diário de Notícias, a partir de 1981, foi responsável por uma rubrica de crítica literária infanto-juvenil – «Ler(zinho)» – e desenvolveu uma página semelhante no «Guia de Pais e Educadores» da revista Rua Sésamo.
Tendo abandonado o jornalismo ativo em 1991, para se dedicar a tempo inteiro à escrita literária, mantém no entanto colaboração regular em diversos periódicos e em revistas femininas.Alice Vieira é uma das escritoras portuguesas mais traduzidas e divulgadas no estrangeiro: várias obras suas fazem parte da selecção de obras notáveis para crianças e jovens elaborada pela Biblioteca Juvenil Internacional de Munique.
Centro de Documentação de Autores Portugueses
04/2004
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